Anticoncepção

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O aconselhamento anticoncepcional é um dos principais temas do consultório ginecológico. Desde a adolescência, para controle de acne, cólicas ou menstruação excessiva, até mulheres adultas, com endometriose, cisto de ovário ou simplesmente em busca de proteção ou controle do ciclo. A escolha do método anticoncepcional deve ser sempre individualizada, levando em consideração a necessidade do momento e os potenciais riscos envolvidos. Os métodos reversíveis são extremamente seguros e serão discutidos a seguir.

Preservativo

O método de barreira mais utilizado em todo o mundo é o preservativo masculino. É um método não- hormonal barato, fácil de aplicar e que não interfere com a saúde da mulher. Pelo contrário, é importante ressaltar que o preservativo é o único método que previne as doenças sexualmente transmissíveis, como HPV, sífilis e HIV. A sua eficácia é próxima de 98%, mas depende do uso adequado. São raros os efeitos adversos, sendo o mais comum a alergia.

Pílula Anticoncepcional

A pílula é um dos métodos anticoncepcionais mais utilizados. É um método prático, seguro, de uso oral e pode ser iniciado e interrompido a qualquer momento. Tem benefícios secundários, como controle de acne e queda de cabelo, redução de fluxo e cólicas e controle de doenças ginecológicas como ovários policísticos e endometriose. Quem sofre com a menstruação pode inclusive usar de forma contínua para não menstruar. Historicamente, a pílula foi a grande responsável pela independência da mulher, que passou a decidir quando e quantos filhos gostaria de ter.

Por outro lado, a pílula pode causar dores de cabeça, refluxo, retenção hídrica, redução de libido e alterações emocionais. E pode desencadear trombose em pacientes com risco elevado. Em alguns casos, esses efeitos podem ser amenizados com ajuste da dosagem e do tipo de hormônio da pílula. As orientações de uso também podem ajudar, é importante não esquecer: não fumar, usar meias compressivas em viagens longas, ter alimentação equilibrada, entre outros. Mesmo assim, muitas pacientes não se adaptam ao método, seja por esquecimento ou efeitos colaterais.

Adesivo Anticoncepcional

O adesivo é ótimo método anticoncepcional para as esquecidas. A caixa vem com 3 adesivos, para serem trocados uma vez por semana. Na quarta semana acontece a pausa para menstruar, mas também é possível emendar. Pode ser colado em diferentes partes do corpo, como barriga, dorso, braço ou nádega, e pode ficar escondido sob as roupas. É seguro para quem faz ginástica e atividades na água. Entretanto, os efeitos adversos são semelhantes àqueles da pílula, uma vez que circula no sangue, e ainda pode desencadear alergias em peles sensíveis.

Anel Vaginal

O anel vaginal é método seguro e eficaz. A colocação é feita pela própria paciente. Após colocado, fica posicionado dentro da vagina por 3 semanas. Deve ser retirado após esse período, com possibilidade de pausa de uma semana para menstruar ou mesmo emendar. Não precisa ser retirado no banho, nem na relação sexual. Se bem-posicionado, não causa incômodo local e não sai do lugar.

O anel também é um método hormonal com circulação no sangue, com o potencial de desencadear os mesmos efeitos colaterais que a pílula. Além disso, algumas pacientes também se queixam de aumento da secreção vaginal. É recomendado para mulheres que já iniciaram atividade sexual.

Injeção Anticoncepcional

O anticoncepcional injetável é intramuscular, e requer a ajuda de uma pessoa treinada. É método prático, já que deve ser aplicado a cada 30 ou 90 dias. Também tem circulação no sangue e tem potencial de causar os mesmos efeitos colaterais que a pílula. Algumas pacientes se incomodam com a dor da aplicação.

Implante Anticoncepcional

O implante subdérmico deve ser aplicado em consultório, por ginecologista experiente, e tem duração de até 3 anos. Contém apenas um dos dois hormônios femininos, a progesterona, o que pode reduzir os efeitos colaterais associados aos hormônios. A progesterona inibe o crescimento do endométrio, com consequente inibição da menstruação durante o seu uso. Por outro lado, pode causar retenção hídrica e sangramentos prolongados.

DIU

O Dispositivo Intrauterino (DIU) deve ser aplicado pela ginecologista. O procedimento pode causar cólicas de intensidade variável, principalmente na mulher que ainda não teve filhos, e é contraindicado para quem nunca teve relação sexual. Pode ser aplicado no consultório da ginecologista ou em ambiente hospitalar, sob anestesia. Existem dois tipos de DIU: o de cobre e o de progesterona.

O DIU de cobre é um método não-hormonal seguro e eficaz. Como não causa os sintomas associados aos hormônios, é um bom método para quem fica bem sem pílula. Por outro lado, o DIU de cobre pode provocar aumento de cólicas e fluxo menstrual, o que pode até afetar o seu posicionamento. Novos modelos foram desenvolvidos para amenizar esses efeitos, como é o caso do DIU de prata. O seu efeito dura de 5 a 10 anos, a depender do modelo. E quando surgir o desejo de gravidez, sua ginecologista pode retirá-lo no consultório e a fertilidade se restabelece já no próximo ciclo.

O DIU de progesterona é um dispositivo de liberação hormonal local, com ação direta sobre o útero e os ovários. A progesterona reduz o crescimento do endométrio, com consequente redução de fluxo e cólica menstruais, e algumas pacientes param de menstruar por completo. É importante ressaltar que pequenos sangramentos irregulares são frequentes, nos primeiros 30-90 dias, mas costumam melhorar espontaneamente. Os efeitos colaterais hormonais são mínimos, em decorrência da sua ação local. Assim como o DIU de cobre, o DIU de progesterona é um bom método para quem fica bem sem pílula, com a vantagem de reduzir fluxo e cólicas. É um bom método para mulheres com sangramento menstrual excessivo ou distúrbios de coagulação. Deve ser trocado a cada 5 anos. A volta da fertilidade após a retirada também acontece no próximo ciclo.

Qual é o melhor método anticoncepcional?

Diversos métodos anticoncepcionais reversíveis estão disponíveis no mercado. Todos seguros e práticos, com diferentes dosagens e modos de uso, para atender às mais variadas demandas. O aconselhamento pela sua ginecologista deve ser sempre individualizado, pesando ganhos secundários, riscos e efeitos adversos. Para as mais esquecidas, aplicativos foram desenvolvidos para diversos métodos, o que facilita o uso e garante a eficácia. Alguns métodos têm hoje cobertura pelos planos de saúde, pergunte à sua médica. Descubra qual é o melhor método anticoncepcional para você.

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